sábado, 18 de janeiro de 2014

Titicaca - Quéchua que não sabe hablar Quéchua


A estrada para Puno reservava surpresas desagradáveis, fomos parados 3 vezes pela policia peruana que criavam problemas para conseguir propina. Na chegada da cidade, uma pomba entrou no carro, sorte nossa não estar rápido, pois além dos problemas da altitude, o limite de velocidade não permite mais que 50km/h. Puno é uma cidade pequena e sem muita estrutura, arquitetura antiga e fria, parece uma cidade do pós guerra.

 Primeira tarefa, comprar a bendita SOAT, que nem é necessária. Logo, procuramos um hotel para repor as energias e tentar reservar o passeio ao lago Titicaca. O dia 08 começou cedo, as 6h novamente para o desayuno, o passeio ao lago Titicaca custa $70 soles, mas conseguimos um desconto por estar em grupo, ficou por $63 soles, incluso transporte, guia Quéchua e alimentação. Esse passeio permite o lado peruano do lago, que é o maior e mais alto lago do mundo. A água é congelante e muito calma, tipo águas do pacifico. Visitamos 2 ilhas, primeiro, uma ilha flutuante que é formada por uma raiz, parecida com o papiro, chamada totôto e outra ilha natural nomeada como Taquila, onde passamos a maior parte do dia. A natureza é incrível, muito silencio, ar puro, tudo o que precisávamos para esquecer os problemas do dia anterior. A alimentação ainda é no estilo peruano, sopa de entrada, trucha grelhada, pimenta.. não aguentamos mais esse cardápio. Assim que voltamos ao hotel, saímos de Puno, rumo ao Chile, viajamos a madrugada onde vimos neve e depois, ao amanhecer, o sol escaldante do deserto na fronteira entre Peru e Chile.










Machu picchu Core-Etuba



O ultimo dia da trilha Inka foi premiado com a paisagem do Machu Picchu, que é considerado uma das 7 novas maravilhas do mundo moderno. Acordamos as 3:30h da madrugada debaixo de muita chuva, mas antes de contar como foi esse dia tenho que voltar no começo da trilha para expressar minha opinião sobre os prazeres e as dificuldades dos 4 dias de caminhada. A caminhada é realmente difícil, pior para quem não esta aclimatado com a altitude, a alimentação e hidratação são importantes assim como o espírito de equipe, encontramos pessoas de todos os lugares, americanos,  europeus, japoneses e até australianos, o espírito de luta é visível no rosto dessas pessoas que visitam nosso continente. Ficar quatro dias sem tomar banho, usando
“serviços sanitários” da natureza não é pra qualquer um, imagina os europeus nessas  condições? 

Tenho que destacar o espírito de guerreiros dos meus colegas, Higor e Guilherme, que superaram seus limites, subir mais de mil metros com chuva e frio, tem que ter “bigode grosso”. 

Voltando ao Machu Picchu, a arquitetura da cidade de pedra é incrível, a energia do local é renovadora e toda a história contada pelo guia Carlito é uma aula de História para a vida, a mensagem que deixo é a mesma que tendo passar na sala de aula: nenhuma civilização é superior, nenhum povo é mais ou melhor que outro. Somos e fomos muito insistentes, esperamos por mais de uma hora para tirar fotos sem nuvens, seria frustrante ir embora sem as fotos clássicas do Waynapicchu. 

Os “guardaparques” não são simpáticos, qualquer um que resolva tirar a camisa para uma foto homenagem, ou tirar o tênis ensopado, por exemplo, é rapidamente reprimido, porém os mesmos “guardaparque” não hesitam em passar cantadas nas turistas, com elogios picantes. Há também lixo, como papel, tampas de garrafas por exemplo, incoerências da humanidade. Depois de curtir o momento e das varias fotos, tivemos mais atividades físicas, descer para Águas Calientes para retornar a Cusco, a comida é boa e barata, ainda no mesmo estilo, pimenta e grãos, estou com saudade de arroz com feijão. Tivemos problemas com o trem, que partiria as 19:45h, mas foi atrasado para 21:40h, o que gerou muitas reclamações, pois a maioria dos passageiros era dos montanhistas da trilha Inka. Resolvemos curtir um pouco mais Águas Calientes, jantando e jogando “terremoto”, uma cidadezinha bonita e aconchegante, depois de quase 3horas de viagem, chegamos novamente ao Hostel por volta de 1:40h, rodamos quase 24h acordados.


O dia 06 de janeiro, foi dia de “maria” - limpar a roupa suja e secar todo o equipamento, descansar o corpo, pois o destino é Puno, para curtir mais ainda a natureza do lago Titicaca.




segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Inca trail

Chegamosssss UFA!!!!!!!!!!

A trilha inca, mais conhecida como Inca Trail, foi concluída com sucesso pelos viajantes de plantão. Comentarei nesse espaço somente um resumo das aventuras que passamos nesses  4 dias onde encontramos vários de nossos limites.

No primeiro dia estávamos animados e ansiosos pelo que nos esperava, todos já estavam ambientados com a altitude e os efeitos de soroche (efeitos colaterais da altitude como cefaleia, enjoo, cansaço e taquicardia). Iniciamos a trilha às às 11 horas, mas já estávamos na correria desde às 06 da manhã do dia 02/01/2014, pois o início da trilha é um pouco distante de Cuzco, na municipalidad de Olantaytambo.

Caminhamos por aproximadamente 02 horas e tiramos algumas fotos, até chegar ao primeiro local de parada para almoçarmos. Fomos surpreendidos com um almoço a la carte com um toque de chiqueteza que não estávamos esperando, pratos enfeitados com um famoso chá digestivo e que é indispensável para a altitude, "chá de coca". Até esse momento o sol estava escaldante, mas com um friosinho clássico de altitude, com direito a montanhas com o topo coberto de neve, paisagens indescritíveis e muitos gringos na trilha.

Caminhamos por mais 04 horas até chegar ao local da 1ª trash night. Na verdade essa noite foi susse, novamente fomos muito bem recebidos pelo nosso cozinheiro e 07 porteadores (carregadores) que carregavam as coisas referente ao acampamento, como barracas, mesa, cadeiras, comida, líquidos, lonas, gaz, fogão e etc. As bagagens pessoais eram de responsabilidade de cada trilheiro. Após um lanche e depois uma janta de gala, fomos apresentados ao local de serviços higiênicos, que era tão ... ... não sei tão sem higiene que quem precisou fazer necessidades pessoais foi ao mato hehe. Fomos dormir às 20 horas e acordaríamos às 05h30min. para enfrentar  o segundo e mais difícil dia de trilha.

No segundo dia fomos acordados com café na cama, ou melhor na barraca. Super chique, arrumamos nossas coisas partimos para o desayuno (café da manhã) também super chique e partimos para a trilha.

Olha estou tentando me esforçar para achar aspectos positivos nesse dia, visto que todos se fod..... o dia todo. Bem, subimos de 2800 mts até 4200mts, não tivemos almoço, choveu o dia todo, a montanha não acabava nunca, as paradas para recuperar o fôlego foram constantes, no alto da montanha estava ventando muito e congelava o corpo molhado, todos se preocuparam com a saúde e fizemos a trilha quase que cada um por si, em poucos momentos os 06 trilheiros caminharam juntos em fila indiana.

Chegamos ao acampamento com chuva, umas 05 horas da tarde, joelhos tremendo, cansaço, frio e o pensamento "o que estou fazendo aqui???", trocamos a roupa molhada, levamo-as para a barraca da cozinha para secar com o calor que estava lá dentro e conversávamos com orgulho por ter vencido o dia mais difícil sem nenhum problema além da estafa física.

Não vou mais falar das refeições porque todas eram muito gostosas, chiques e bonitas. Depois de nos alimentar, cuidamos das coisas molhadas, higiene pessoal e dormir, porque o novo dia começaria novamente Às 05h30min.

Acreditem, vale um parágrafo para descrever nossos companheiros porteadores. Carregavam aproximadamente 30 quilos em mochilas sem nenhuma estrutura, alguns de chinelo, outros com tênis simples, até estilo all star, roupas simples, pessoas que pareciam sofridas, com cheiro característico, alguns tomavam banho no rio gelado, com temperatura ambiente por volta dos 08 graus, agora pensem na temperatura da água, que era abundante e como se fossem os nossos rios de serra. Todos eram muito solícitos e chegavam na frente de todos para montar as nossas barracas e preparar nossa akimentação.

Nesse segundo dia de trilha não almoçamos devido às condições inóspitas da trilha.

Acordamos novamente Às 05h30min. para o 3º dia de trilha que iniciou com 2 horas de subida, (foi fod.....  novamente), depois da subida andamos por mais 2h30min até a hora do almoço, que ocorreu às 10h30min, isso mesmo, e todos estavam morrendo de fome, porque a caminhada exigia muita energia. Após o almoço, ainda sob muita chuva, (que era persistente desde a madrugada do 1º dia) partimos para a nova caminhada de aproximadamente 5 horas até o acampamento de pernoite. UFA estamos muito próximos de machu picchu, mas todos estão sem roupas secas para trilha, o cansaço é grande e temos que dormir cedo porque a trilha no outro dia começa às 03h30min. da madrugada. A estrutura deste acampamento aparentemente era melhor, mas era só a aparência, o Higor e o Cairu conseguiram vaga para tomar banho (um cano com água fria no banheiro), o restante seguia limpando as partes do corpo mais exóticas com guardanapo sabonete e água.

A chuva nessa noite foi mais intensa, todas as barracas estavam úmidas por dentro, com exceção da barraca do Gui e do Cairu que alagou.......... putz no café da manhã às 03h30min. chegaram atrasados os dois (como de costume) rindo como se estivessem drogados, hehe, ninguém entendeu pois todos estavam levemente mau humorados porque estávamos há 06 km do nosso destino e o tempo estava horrível. Perguntamos o que aconteceu e quando conseguiram parar de rir, responderam que sua barraca alagou e eles estavam esperando a hora de sair da barraca para poder ir para a chuva novamente. Putz deu dó, principalmente do Gui que torceu seu saco de dormir.

Após o café da manhã, todos esperaram por 1 hora até liberarem a entrada no parque. Todas as quase 200 pessoas que estavam na trilha sairam juntas. O nosso grupo apavorou, foi deixando todos para tráz e chegamos ao pico do morro que dava acesso ao machu picchu nas primeiras posições. Não dava para ver nada, estávamos no meio de uma gigantesca nuvem, no caminhos ouvimos uma árvore rachar e cair, nesse momento o Cairu estava ouvindo e cantando The Doors, tirou o fone do ouvido e perguntou para mim (que estava à sua frente camihando), "o que foi isso??" respondi que achava que uma árvore deveria ter caído próximo da gente. Nesse momento o nosso guia hablou: Cairu, ou ustede tira o fone do ouvido ou irá cantar para o satã... hehe o Cairu com juízo impecável atendeu prontamente.

Chegamos ao machu picchu aproximadamente 03 horas depois da nossa partida do último acampamento, o tempo estava fechado, todo o parque encoberto por nuvem, mas.....

O dia de machu picchu será relatado somente no próximo post.

Seguem algumas fotos da nossa empreitada.






























quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Trilha Inka: Machu Picchu



Iniciaremos a nossa caminhada amanhã para um ano novo e certamente diferenciado. O tempo e os anos são apenas marcas como qualquer outra da vida. Não importará o tempo e a distância, o objetivo será resgatar a nosso ser em prol do nosso ter.
Seremos um grupo completo, mesmo frente as nossas limitações. Teremos a prudência do Higor, a felicidade do Cairu, a solidariedade do Willyan, a praticidade do Vitor, a alegria do Marcelo e as brincadeiras do Guilherme sendo todos ladeados pelo aquilo que nos acreditamos: o amor que temos no coração e a verdade das nossas palavras.
Avançaremos com a força do sol e curtiremos a lua na sua eterna virgindade e respiraremos a natureza na sua perfeição.




“Meus ídolos são meus amigos, com os quais vivo e partilho minhas virtudes e que suportam meus defeitos e restrições para que me torne o melhor que posso ser” Previdi 2014.

Virada do ano em Cusco.

Gostaria de iniciar esse post desejando a todos um feliz ano novo, que ele venha cheio de alegrias, sucesso e paz.

Bom, vamos ao ano novo dos cusquenhos. Vocês não tem ideia do quão peculiar é a virada de ano do povo de Cusco.

Para iniciar, os fogos não são soltos para o alto, são soltos em direção e/ou em meio a multidão, o chão é feito de vidro, vidros quebrados de garrafas que se espalhavam pelo chão, algumas inteiras e outras, na sua grande maioria quebradas, fazia parte da decoração o vermelho do sangue que vinham de machucados ocasionados pelos cortes devido aos vidros e pelas inúmeras brigas que duraram a noite inteira e se espalhavam por varias localidades da praça das armas e em seu entorno.

Mas não foi só estresse, a virada teve seu pontos interessantes e o maior dele é um ritual que consiste em dar uma volta olímpica na praça das armas em meio aos fogos que são lançados, pelo o que pude entender, o ato representas a caminha do próximo ano e suas dificuldades. Da turma, os únicos que aderiram ao ritual foram o Cairu e o Guilherme, com direito a uma comemoração no final em cima de uma caminhão pipa!

Abaixo seguem algumas fotos e por ultimo um vídeo do ritual:












segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Noticias atrasadas..

Nossa saída do Brasil foi igual a coração apaixonado: clima imprevisível. Variamos do calor de 45graus de Rio Branco, para 10graus da cordilheira. A altitude judia mas a paisagem é encantadora. Segue as imagens de 15horas de estrada nas curvas sinuosas dos Andes, com variação de temperatura de 25graus.









Na altitude, até a maquina fotográfica precisa respirar...
Mais fotos, em breve